VASSOA, Afonso Vaz, 2019.
Cambalhota de dedos marcados. 1.a edição. Maputo, Moçambique : Porto, Portugal: Alcance Editores ; Duplo Alcance. ISBN 9789928794420.
PQ9939 .V377 C36 2019
“Recorrendo- se a narrações de pensamentos, sentimentos e emoções de actores individuais e colectivos, bem como do estado de espírito de tempos e espaços, reinventa- se e revela- se, neste livro, no veridico, ficticio e com alguma dose vática, a correlação e o entrosamento das almas de Sáotilma, Angs, Mocelso, Obéniug e Racaverdão, isto é, dos Cinco Dedos Marcados. Estes sáo cidadãos e territórios africanos, natural e historicamente eleitos e predestinados - uma espécie de pessoas-terra ou terras-pessoa, detentoras de corpos, almas e espiritos, representantes minuciosos de seus povos e pátrias. Os tumultuosos passos e rumos dos Cinco Dedos, auténticas cambalhotas exigentes e marcantes, enrolam-se desde os tempos dos ‘descobrimentos’, devido a um compromisso inquebrantável do quinteto, continuam a enros car-se profundamente nas suas vidas privadas e profissionais. As terríveis piruetas são causadas por emaranhados e volúveis trajectos políticos, económi cos, sociais e culturais do magnético Moçambique, em particular, e da anela da Africa, em geral. Até hoje , confrontados com as atitudes incompreensíveis do aromas, numa luta constante entre o bem e o mal, a única certeza que reina nos Cinco Dedos é que, enquanto continuarem a conviver com dores, e as cambalhotas suscita rem clamores, mais romances multiangulares, narrando piruetas de almas e espíritos de vidas multifacetadas, serão escritos na areia, na água , no ar ou nas nuvens, mesmo que as respectivas páginas venham a ser compostas por marcados continuadores. A relevância e o significado dos Cinco Dedos dependem da descoberta, ou não, por parte do leitor, das origens e essências nacionais e internacionais dos dramas e dos nomes de Sáotilma, Angs, Mocelso, Obéniug e Racaverdão. A única evidência manifesta neste palco imaginario, cheio de dicotomias ocasionais e sistémicas, para além da nudez do Hino da Africa, é que se trata de uma homenagem a Mwené N’thiya, Mwara N’thiya, Samora Machel, Geração 8 de Março, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Principe e ao continente africano em geral.”--Back cover